Julgava estar resolvido O instante em que sucumbiu A um sentir tímido e mudo Nunca dele se livrou E hoje foi surpreendido Plo fantasma de um passado Iminente e atravessado Ao tempo que este o deixou Sozinho e desamparado À custa de ser só seu Inventa agora um refrão É tempo já de o fazer Tens o quê para dizer? Conclui a dissertação Jurou que não se lembrava Organizou o embuste: A inocentes palavras (Nada que agora lhe custe) Impunha o seu sentido Virava frases do avesso Tentando dissimular Segredos, sonhos, promessas Contagiasse a tolice Seriam dois desta vez É tempo de outro refrão Não te esqueças de o fazer O que é que tu queres dizer? Atalha à conclusão Esta foi vez de lembrar Ou então foi vez pra esquecer Achou-se na fantasia Sem saber bem o que queria Foi-se deixando levar Legitimou a corrida Na fruição do instante Como se, adolescente Fugisse ao que sentia Com medo de o revelar Refrão, refrão, refrão Fazer, fazer, fazer Chegar, chegar, chegar Ao cabo e ao fim da canção